domingo, 29 de março de 2009
Mais uma paixão. Como saber se ele será importante para mim ou se já sou descartável para ele. Paixões gestadas na internet, construídas com corpos-palavras. Palavras que adquirem poderes por esta nova condição. Cada espaço em branco, cada espera interminável para se obter uma resposta. As relações são fluidas e rompidas com a facilidade com que se deleta um contato do MSN. Amores abortados antes de serem concretizados. Para mim nunca funcionou assim. Acredito que ninguém vive uma paixão impunemente. Quando acaba, sempre existe alguém que ainda deseja. É sempre doloroso. Escondo-me dentro de minha redoma de vidro buscando me proteger. Não consigo mais acreditar no amor, apesar de ainda não conseguir viver sem ele. Uma terceira perna que me fornece um falso equilíbrio, mas que não consigo dispensá-la. Perdi minha inocência e não sei se a quero de volta. Sinto-me completamente só rodeado apenas por amores fluidos. Preciso me curar. Nunca acreditei que ninguém se curasse verdadeiramente de nada. Não dessas doenças do amor. Preciso dormir, mas nada me abandona. Nem a mim nem ao meu sono. Amanhã quem sabe.
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Um comentário:
Está mesmo na hora de fundarmos uma nova estética literário; só falta um título p. ela. Nossa! Que presunção!
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